sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Expedição do Patrimônio Vivo – 8º dia – Bom Sucesso (MG) – Circuito Vale Verde e Quedas D’Água

Andressa Iza Gonçalves e Paulo de Morais. Fotos – Sansão Bogarim.
Texto concluído às 23h.


A quinta-feira começou quando saímos de Lavras, por volta das 8h30, com destino a Bom Sucesso. Preferimos um caminho alternativo, evitando a estrada asfaltada que passa por Ijaci e Macaia. Ouvimos falar de uma balsa que atravessa o lago do Funil, em Ijaci, e que dali poderíamos seguir por estrada de terra até Bom Sucesso. Fomos pedindo informação às pessoas que íamos encontrando em Ijaci e passamos novamente pela ponte de ferro que tínhamos atravessado ontem. Algumas pessoas que encontramos no caminho informaram que a balsa estava emperrada, mas fomos teimosos e resolvemos tentar a sorte. Chegamos no local da travessia e a informação era mesmo verdade. Ficamos uns 20 minutos esperando e não houve qualquer movimentação do outro lado do lago.




Então, voltamos no sentido de Ijaci e um morador local nos informou sobre uma balsa particular que poderia nos ajudar a atravessar o lago. Chegamos ao local indicado, um condomínio fechado com várias casas de veraneio em construção. Avistamos a balsa do outro lado do lago. Após buzinarmos e gritarmos, o senhor Amado Domingos da Silva, de 32 anos, que trabalha na Fazenda da Barra, nos deu uma agradável carona de balsa. Durante a travessia, puxamos papo com seu Domingos, como é chamado. Ele nos contou sobre como era o local antes do enchimento do lago. Disse que algumas casas foram transferidas do antigo distrito de Pedra Negra, que ficava em Bom Sucesso, para Ijaci. Depois da travessia, pegamos a estrada de terra que vai até a cidade de Ibituruna, de onde seguimos por asfalto até Bom Sucesso.

Primeira parada – 11h44 – Prefeitura Municipal de Bom Sucesso
Chegamos ao prédio da prefeitura e encontramos o senhor José Estadeu dos Santos, que, muito solicitamente, nos contou a história do prédio histórico de dois andares que hoje abriga a administração municipal. Ali funcionou, durante muitos anos, uma cadeia. Por isso, as paredes do local têm 80 centímetros de largura, o que nos impressionou. Ele nos levou até o auditório, uma ampla sala muito bem equipada, e, mostrando a galeria de ex-prefeitos, foi logo dizendo. “Aqui estão as fotos de todos os ex-prefeitos. Hoje, só tem dois vivos. O povo fala que depois das seis eles chegam pra trabalhar. É só colocar a foto na parede, que morre mesmo”, completou, sorrindo. Seu José Estadeu nos contou que Bom Sucesso já teve o nome de “Campanha de Trás da Serra de Ibituruna do Rio Grande Pequeno”.

Após uma saída para o almoço, voltamos à prefeitura, onde encontramos o senhor Rômulo Almeida (foto), funcionário da secretaria de Educação e Cultura, e David Carneiro, secretário de turismo. Juntos, os dois nos contaram sobre a história do município. A cidade teve início quando, em 1736, o então governador de Goiás, Antônio Luís de Távora, passava pelo local para resolver uma rixa entre mineradores. Sua esposa, grávida, começou a sentir as dores do parto. Eles se arrancharam em uma choupana de folha de pita às margens do Rio Pirapetinga, e o governador prometeu que, caso o parto fosse bem sucedido e a criança nascesse sadia, ele construiria uma capela em homenagem a Nossa Senhora do Bom Sucesso, com uma imagem que traria de Portugal. Ali começou a surgir o arraial, que durante muito foi subordinado ao município de São João Del-Rey.
Começamos a conversar sobre a cultura popular do município, que tem aproximadamente 17 mil habitantes. Eles comentaram que existe na cidade uma tradição muito forte de festas e bailes. Como exemplo, citaram o carnaval, que tem como ápice o desfile do bumba-meu-boi. Neste momento, David não conseguiu segurar a emoção ao se lembrar dos carnavais de antigamente. Comentou-se, ainda, a respeito da religiosidade e da forte presença das manifestações folclóricas da cultura afro-brasileira. Perguntamos a respeito de ofícios antigos e eles nos disseram a respeito de um antigo alfaiate ainda em atividade. Saímos da sala animados para ir a campo atrás de histórias.
Segunda parada – 14h39 – Casa de dona Elza Alves Machado

Chegamos na casa de Dona Elza meio que por acaso. Queríamos conversar com seu Belmiro Machado, filho dela, que mora na casa ao lado e é um dos responsáveis pelo bloco do bumba-meu-boi. Não o encontramos e sua esposa nos indicou dona Elza para contar a história desta bela manifestação folclórica. Quem nos recebeu foi sua filha, Nayara Elza Machado Costa, que manifestou grande entusiasmo com a chegada da equipe. Foi logo dizendo que seria ótimo conversarmos com sua mãe, que estava precisando de uma boa conversa.
Nascida em 16 de setembro de 1923, dona Elza é filha dos fazendeiros Zeferino Viana e Elvina Alves Ribeiro. Com uma memória impressionante, nos contou como era Bom Sucesso nos tempos em que um passeio de bonde até a estação ferroviária custava 400 réis. O que havíamos ouvido na prefeitura a respeito da tradição dos bailes que confirmou na narrativa de dona Elza. “Os bailes no Clube 70 eram muito chiques. Ele tem esse nome porque foi fundado por 70 sócios. Quando tinha baile as moças usavam vestidos longos maravilhosos. Tinha uma orquestra grande, que tocava marchinhas, samba, valsa...”
Logo entramos no assunto do bumba-meu-boi. Segundo Dona Elza, quem deu início à tradição foi seu Emídio, que resolveu fazer uma mulinha de jornal para brincar o carnaval. A brincadeira ganhou fama na cidade e vários seguidores deram continuidade nos anos seguintes. “Nunca mais acabou a mulinha. Só que hoje não faz como antigamente, é com armação de ferro e espuma”, lembrou. Dona Elza contou que as fantasias de boi também são antigas e que também fazem parte do carnaval local. São os filhos e netos dela que organizam o bloco do bumba-meu-boi. Alguns se fantasiam de toureiro, “igualzinho na Espanha. Faz cada roupa bonita. Minha família toda participa do boi e sai os quatro dias de carnaval”, disse.
A conversa seguiu animada e perguntamos a respeito dos tremores de terra que acontecem na cidade. Brincando, dona Elza insinuou que era tudo mentira e, em seguida, contou sobre o tremor mais forte que ela sentiu. “Eu estava estudando em casa, era na parte da tarde. Deu um tremor tão forte, que a mesa da sala deu um pulo e a melancia que estava em cima dela voou e espatifou no chão. Dá uma sensação muito ruim, primeiro um tremor forte, depois vai sumindo. O finalzinho parece esses carros que passam com o som alto e balançam as paredes de casa”, lembrou, sorrindo.
No final, dona Elza lembrou-se de algumas músicas de carnaval. “Esse boi é laranja; ê boi; esse boi é fulano; ê boi!”, cantou. A música da primeira mulinha também veio à mente: “Eu fiz uma mulinha pra brincar o carnaval; o rabo era de mola; e a orelha de jornal”. Depois de boas risadas, encerramos o bate-papo com um agradável cafezinho. Queríamos continuar a prosa por muitas horas, mas ainda tínhamos outras pessoas para visitar. Enquanto ficamos ali, perdemos a noção do tempo. Nos despedimos depois de conhecer a fantasia do bumba-meu-boi que estava no porão e seguimos pelas ruas da cidade.

Terceira parada – 16h16 – Alfaitaria do senhor Deusdete de Castro

Desde o início da expedição, estávamos curiosos por encontrar um alfaiate para conversar. Finalmente, a oportunidade chegou. Encontramos seu Deusdete em pleno serviço. Alfaiate desde os 13 anos, seu Deusdete, atualmente com 70, lembra que iniciou-se no ofício em sua terra natal, a vizinha São Tiago. O pai, José Maria de Castro, era lavrador e não queria que os filhos seguissem a mesma profissão, por considerá-la muito sacrificada. “Ele me pôs numa alfaiataria, do seu Miguel Bernardes de Assis, para aprender o ofício. Comecei como ajudante, fazendo chuleio, para a beirada não desfiar. O ponto do chuleio chama ponto de espinho. Hoje, isso faz com máquina overloque”, contou. Ele nos mostrou o dedal que usa (é furado na ponta, ao contrário do dedal de costureira, que é inteiriço) e disse que, no início, ficou dois meses com o dedo médio amarrado à mão para se acostumar com a posição de trabalho.
Depois de aprender o chuleio, começou a fazer casas para botões. Até hoje, ele faz este trabalho manualmente, e leva cerca de 20 minutos por casa. Quando já estava craque nesta parte, começou a trabalhar com a máquina de costura. Montou calças, casacos, paletós.
Seu Deusdete se lembra com saudades da época em que as encomendas na alfaitaria não paravam de chegar. Nos meses anteriores à festa da padroeira, os pedidos se acumulavam no balcão. Para dar conta do serviço, os alfaiates contavam com vários discípulos, formando praticamente uma linha de produção. Nos dias de hoje, entretanto, os mais jovens não tem paciência para aprender o ofício. “Hoje, o povo não quer saber de trabalhar como alfaiate. No dia em que eu morrer, não vai ficar nenhum em Bom Sucesso. Aqui, tinha mais de cinco alfaiates e hoje, só restou eu”, lamentou.
O alfaiate diz que torce para que a profissão não se acabe, pois ainda existem pessoas que gostam de fazer roupa sob medida. A roupa fabricada industrialmente, segundo seu Deusdete, exige que a pessoa se adapte ao molde da fábrica. Já no caso da roupa feita na alfaiataria, é o molde que se adapta à pessoa.
Ao fim da conversa, seu Deusdete mostrou-se muito agradecido por termos perguntado sobre a profissão que exerce há 57 anos. Ele lembrou que foi a primeira vez em que alguém quis saber detalhes do ofício de alfaiate. “Eu acho que no futuro a profissão de alfaiate vai acabar. Ninguém quer sentar com um alfaiate para aprender. Muitas pessoas não dão valor ao nosso serviço”, comentou. Saímos dali muito felizes por termos proporcionado um momento de alegria a este artista. “A gente tem uma profissão muito cansativa, porque é tudo artesanal. Mas ela foi a minha vida, foi com ela que eu tirei o sustento da minha família”, finalizou.
Quarta parada – 17h08 – Casa de Janot Ribeiro da Cruz

“Nasci aqui na cidade mesmo, meu umbigo está enterrado ali, debaixo de uma mangueira”. Assim começou a conversa com seu Janot Ribeiro da Cruz, de 55 anos, capitão regente do grupo de congado local e presidente da Associação Cultural Afro-Brasileira de Bom Sucesso. Seu Janot, com muita paciência para explicar e sem deixar de pitar um cachimbo, transformou o bate-papo em uma verdadeira aula sobre o congado. Ele nos contou que a festa local começou há mais de 150 anos, quando havia na cidade a Irmandade dos Homens Pretos, que deu início à tradição. Havia uma igreja desta irmandade, cujo zelador era o avô de seu Janot, José Domingos Ribeiro. “Meu avô morreu em 1965 e destruíram em 1967. Se ele estivesse vivo, com certeza a igreja estaria aí até hoje”, lembrou.
A tradição da festa do congado vem da família de seu Janot. O pai, João da Cruz Pereira, era mais adepto da folia de reis. A mãe, Izabel Ribeiro Pereira, hoje com 91 anos, é rainha conga de São Benedito há mais de 40. O reinado é passado de pai para filho, ou de mãe para filha, com a condição de que a pessoa mantenha a tradição. “Hoje está bem difícil manter, porque os mais novos estão perdendo o interesse”, revelou seu Janot, repetindo esta que tem sido uma constante na maioria das conversas da Expedição.
Seu Janot entrou nos detalhes da Festa de Congado, que começa com a alvorada, onde os ternos, ou guardas, saem pela manhã. Eles se encontram onde os mastros são levantados. São três guardas que fazem parte do congado de seu Janot: a de Moçambique, a do Catopé e a do Vilão. A primeira toca caixa, o patangome, campanha (espécie de um chocalho usado nas pernas) e guiso, usado exclusivamente pelo capitão. A guarda do Catopé usa duas caixas, reco-reco feito de bambu, sanfona e pandeiro. O capitão toca tamborim. Já o terno do Vilão é formado por um grupo de 16 pessoas, que se organizam em duas fileiras, e dançam ao som de caixa, tarol e sanfona.
O bastão representa a segurança do capitão. É ele quem determina onde será erguido o mastro. Após a visita aos mastros, os congadeiros visitam o rei e a rainha conga, que oferecem um café.

Seu Janot prosseguiu a “aula” falando da hierarquia do congado. Primeiro vêm a rainha e o rei congo, que homenageiam Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Depois vem o capitão-mor, que organiza a festa a mando da rainha e do rei. Em seguida, vem o capitão-regente, que segue ordens do capitão-mor. E depois vêm os capitães-da-guarda, responsáveis por tocar as guardas. Para incentivar os mais jovens, foram criados os “cargos” de príncipe e princesa congos, de caráter figurativo, com o objetivo de envolver os jovens com a tradição, incentivando a participação.
Ao fim, seu Janot lembrou um dos cantos da Festa do Congado, cantado ao fim das festividades:
Se a morte não me matar tamborim
Se a terra não me comer tamborim
Ai ai ai tamborim
Para o ano eu voltarei tamborim

O rosário vai comigo tamborim
A saudade vai ficar tamborim
Ai ai ai tamborim
Para o ano eu voltarei tamborim.
Saímos dali surpreendidos pela agitação cultural de Bom Sucesso. Encerramos a visita felizes por ainda encontrar ofícios e manifestações folclóricas que, apesar da modernidade, continuam sendo patrimônio vivo. A passagem pela cidade nos deu mais fôlego para os dois últimos dias da Expedição.
Acompanhe nesta sexta-feira a visita a Ribeirão Vermelho e Lavras.

11 comentários:

divaizassilva disse...

A cada dia uma emoção diferente. Posso garantir que sempre mais intensa. Como já disse, fazem de mim sua companheira de viagem. Suas narrativas são tão verdadeiras, tão claras, de uma simplicidade tão emocionante que fazem com que se abra o livro de minha vida e eu me encontre em cada página. Parabéns meninos! Parabéns VIRAMINAS! Parabéns patrocinadores!
Diva.

Unknown disse...

Nossa...quanta história...que alegria poder observar como ainda se dá valor aos antigos ofícios e pessoas que tem causos e histórias emocionantes a contar.
Fico feliz por ter participado um pouco dessas descobertas e mais feliz ainda por ver que muita gente ainda vai perceber através desse projeto da VIRAMINAS que a experiência dos "mais velhos" sempre é uma lição de vida que deve ser contada para o mundo inteiro - é a memória oral reconhecida e valorizada.
PARABÉNS A TODOS!
Um grande abraço e sucesso sempre.

Anônimo disse...

Que surpresa agradável esse blog! Moro em Bom Sucesso e fiquei muito feliz de ver a iniciativa de vocês, que retrataram muito bem a minha cidade. Deveriam ter visitado algumas outras localidades daqui, como o distrito de Aureliano Mourão, que tem uma estação ferroviária singular e um senhor chamado João Pedro que é impagável! Além disso, também havia a cachoeira de Machados, perto do distrito de Machados, que também é um lugar muito agradável (mesmo no inverno). Fora outros locais da cidade, que são legais. Mas entendo a falta de tempo.

Parabéns novamente, e fica aqui uma observação: a serra que vocês avistaram na chegada da cidade, após atravessar o Rio das Mortes, vai ser explorada a partir de 2012 para exploração de minério de ferro. Uma pena, pois se perderá uma grande riqueza dos moradores daqui.

Rui Américo Mendes disse...

Parabéns pelas informações sobre Bom Sucesso (minha terra natal). Achei muito interessante e aprendi mais sobre as pessoas que alí moram. Gostaria de adicionar alguma coisa sobre os famosos tremores. Desde o início do século passado, ocorriam tremores de baixa intensidade naregião. Em 31 de janeiro de 1920 ocorreu provavelmente o tremor de mais forte intensidade seguido de outros de intensidades variáveis (Sr. Antônio Yancous registrou 119 tremores do dia 31 de janeiro até 2 de abril daquele ano, com a hora de ocorrência). Isso levou a maioria da população a montar barracas nas ruas com medo de que as casas caíssem. Muitos dos habitantes fugiram da cidade usando a estrada de ferro que havia sido inaugurada em 1887. Segundo consta, o pavor era tanto que algumas pessoas viajaram só com a roupa do corpo. Os boatos que corriam contribuiram para aumentar o pavor. Por exemplo, era corrente que "um vulcão surgiria no Morro das Almas" de onde pareciam vir os estrondos ou então que "a cidade seria submersa em uma grande lagoa". Muitas famílias que fugiram nunca mais retornaram e na minha maneira de ver este foi um dos motivos pelos quais Bom Sucesso se desenvolveu lentamente.

Anônimo disse...

é muito legal, ver que tem pessoas interessadas nas historias de Bom Sucesso! adorei o trabalho de voces, sou jovem e moro em Bom Sucesso, eu me enteresso muito pelas nossas culturas!

Rosaura Mendes disse...

Muito legal aprender sobre esta cidade que me acolheu. sou bonsucessense de coração e fiz uma monografia para o meu curso superior sobre esata linda cidade que acolheu.

Thalline disse...

Gentee....parabéns pela matériaa....
Tbem sou de Bom Sucesso e fiquei feliz por saber que outras pessoas também se interessam por nossas culturas...
Como disse meu amigo Artur, há muitos outros lugares encantadores na cidadee, ou nas proximidades, se for possível voltem mais vezes.

=)

Pedro Carvalho disse...

Sou filho de Bom sucesso, meu pai tinha fazenda do lado da dona Elza esposa Dr. alfeu.Hoje moro em Goioere Pr. Tenho varios videos postado no youtube sobre matematica.So procurar :endrigofc.
Fui aluno do Protasio e Colegio Bejamim Guimães.

Pedro Faria de Carvalho
Youtube :endrigofc

Alexandre disse...

Vcs precisam conhecer o Hernani Martins com suas 96 variedades de frutas fora as + de 36 variedades de Banana.
E o seu "arsenal" de machados e cachimbos indigenas catados na região.

Anônimo disse...

Estou longe de Bom Sucesso, moro em Goioerê Pr estou feliz meus parentes dizeram-me que estão tirando minerio para esportação parabens.

Pedro faria de carvalho

Anônimo disse...

Estou longe de Bom Sucesso, moro em Goioerê Pr estou feliz meus parentes dizeram-me que estão tirando minerio para esportação parabens.

Pedro faria de carvalho