É curioso que, no quarteirão que rodeia o Dragão do Mar e em algumas avenidas próximas, os prédios históricos estão todos em excelente estado de conservação. Porém, andamos alguns quarteirões adentro do bairro e vimos que várias outras construções que mereciam restauração, mas, como não ficam em locais movimentados, estão caindo aos pedaços. Apenas uma observação.
Antes de entrar no conteúdo do grupo de trabalho (GT) de Minas Gerais, vale destacar que, pela metodologia do Fórum, cada encontro estadual tem autonomia para decidir sua forma de funcionamento. Para nossa sorte, o pessoal da delegação se reuniu e elaborou previamente uma pauta para pontuar as discussões. Algumas delegações não tiveram esta preocupação e a discussão acabou descambando para rumos não muito objetivos.
O debate começou pela apresentação da Comissão Estadual dos Pontos de Cultura, responsável pela articulação entre os pontos mineiros e a representação dos conveniados junto aos órgãos gestores (Secretaria de Estado e Ministério da Cultura). Minas Gerais tem 164 pontos, sendo que 100 deles foram aprovados no último edital e ainda aguardam o conveniamento, processo tocado a passos de tartaruga pelo Governo de Minas. Para formação da comissão, o Estado foi dividido em 8 regiões (Sul, Zona da Mata Ampliada, Central e Oeste, Metropolitana, Triângulo e Alto Paranaíba, Norte e Noroeste, Vale do Rio Doce e Jequitinhonha e Mucuri). Cada uma possui dois representantes na comissão.
Ao final, passamos para a discussão das propostas que levaríamos para a plenária do fórum nacional. Quatro propostas tinham sido encaminhadas da plenária regional que aconteceu em Belo Horizonte. Uma delas foi derrubada: a que propunha que as comissões de pontos de cultura dos outros estados também regionalizassem as escolhas de seus representantes, a exemplo do que fez Minas. No lugar desta, entrou a proposta que levantamos a partir do encontro de Mídias Livres: garantia de internet pública, gratuita e de banda larga para todos os Pontos de Cultura do Brasil.
À noite, participei do GT de Patrimônio Imaterial, Culturas Tradicionais e Indígenas. Uma lástima. Ao contrário do GT de Minas Gerais, não havia uma pré-programação da discussão. A plenária abusou do direito de usar questões de ordem, questões de esclarecimento e questões inúteis para invalidar a discussão.