Vai ver que muita gente não percebeu, ainda, que com o desenvolvimento da atividade turística em Três Corações vários segmentos do comércio e da comunidade tricordiana como um todo podem se beneficiar, ou seja, ganhar dinheiro, prosperar.
Se esta atividade for planejada em conjunto com os parceiros que atuam diretamente na prestação de serviços aos visitantes, podemos iniciar um trabalho que não pesa para ninguém e do qual todos podem ganhar. Este é o início do conceito de desenvolvimento sustentável, utilizando-se metodologia participativa. É pensar que as decisões ligadas aos meios de hospedagem, por exemplo, serão tomadas em conjunto, com os representantes deste segmento e da prefeitura e dos meios de alimentação... e dos demais interessados. Será que podemos contribuir com idéias e experiências adquiridas em viagens de turismo e na própria vida profissional? Já vi exemplos onde este tipo de iniciativa dá certo... é o caso da atuação do SENAC no município de Brumadinho-MG.
E, esta forma de atuação é de suma importância, pois a atividade turística é, também, uma atividade econômica, os envolvidos podem ganhar ou perder dinheiro com ela. E, quem tem o papel originário de ganhar dinheiro, obtendo lucros? Pelo que sei é o poder privado. É neste sentido que se fundamenta, então, envolver as empresas ligadas ao turismo em todos os processos de tomada de decisão.
Se pararmos para refletir um pouco, podemos identificar claramente que meios de hospedagem, de alimentação, agências de viagens, museus, empresas de transporte (inclusive os táxis e vans) estão ligadas diretamente à atividade turística e dela se beneficiam. E, se formos aprofundar esta análise perceberemos que supermercados, farmácias, lojas em geral também podem ser beneficiadas, afinal de contas quem já viajou e nunca precisou destes produtos?
Promovendo o turismo e fazendo com que as empresas ganhem dinheiro, concorremos para o sucesso desta atividade em Três Corações. E, além deste retorno há outros benefícios: mais geração de empregos – mais camareiras, mais garçons, mais gerentes, mais atendentes – novos postos de trabalho – num museu que se abra, num novo restaurante, numa nova empresa de lazer – mais respeito pela cidade – seus jardins, orelhões, praças, pessoas – mais amor à terra dos três corações, mais consciência e educação das pessoas que aqui habitam e, conseqüentemente, das que aqui visitarem.
Já pensou quando nossa cidade estiver recebendo 10 turistas por dia? Fazendo as contas: supondo que estes turistas utilizem o hotel, o restaurante e o táxi, cada um vai gastar R$60 no hotel, R$20 no restaurante, R$10 no táxi... deixariam R$900 na cidade. E se viessem mais pessoas por dia, por exemplo, 100 turistas? Seriam R$9.000!! E nem vou falar da vinda de 1000 turistas, ficando mais de um dia e consumindo outros produtos e serviços... É sonhar demais?
Luis Felipe Branquinho Vargas
Turismólogo, Especialista em Administração e Organização de Eventos (SENAC-SP) e Gestão Mercadológica em Turismo e Hotelaria (USP-SP). Diretor de Turismo em Três Corações, sócio fundador da Viraminas Associação Cultural.
luis.branquinho@viraminas.org.br
Imagem daqui.
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
CONSUMIR - ou SUMIR - em Três Corações
Falando sobre Turismo em Três Corações, acabo percebendo a relação entre a oferta e algumas pessoas que consomem produtos e serviços na cidade. Freqüentam a Pizzaria La Piu Bella, alguns vão à Pizzaria Makarena, e tem os que vão ao Xico e Xica Restaurante... de uma maneira ou de outra sempre há pessoas nos restaurantes, nos bares, nos bailes e festas da cidade. Daí me pergunto: Três Corações não tem o que oferecer? Alguns mais exigentes diriam que “tem, mas não tem tanta opção diferenciada, é sempre pizza e churrasco, massa e batata frita...”
Talvez quisessem encontrar algo diferenciado, alternativo e por isso procuram outras cidades da região: para variar os sabores. Já ouvi dizer que “os bares e restaurantes daqui poderiam ser mais sofisticados, ou ter um ambiente diferente; parece que todos os lugares são semelhantes...” Pode ser que mesa quadrada e cadeira de madeira está um tanto ultrapassado, quem sabe? Muita reclamação ou simples indicativo de que algo precisa ser repensado, adequado a uma clientela que está ávida por um serviço que atenda suas necessidades e expectativas? Sábado, mesmo, foi aniversário do Grupo Trem Mineiro – Chico Poeta, Xandinho, DJ e companhia – na Pizzaria Dom Giovani, 4 anos de um pessoal que toca samba e pagode de primeira. Muito pouca gente estava lá... e me pergunto: por quê?
As pessoas não gostam de samba, ou não sabiam que haveria esta atração? Sinceramente, não consigo entender o que acontece, talvez seja um pouco de cada, as pessoas não gostam de samba e os que gostam não ficaram sabendo. De novo volto para a oferta e a demanda: o que se tem para oferecer e quem irá consumir. Esses dias deparei com mais uma lanchonete especializada em empada... ora bolas, se em Três Corações já há uma lanchonete especializada em empada, porque não abriram uma de esfirra? Ou de coxinha? Se formos verificar o que a cidade tem para oferecer na área de alimentação, trinta são os restaurantes... e quantas são as lanchonetes, os bares e os botecos? Há a oferta com sua demanda específica e fiel. Mas já está bom, ou pode-se fazer algo mais... (?)
Sabe, o algo mais pode ser o diferencial num prato servido ou numa bebida, pode ser o atendimento que encanta e faz sentir bem, como pode ser uma atração, como uma banda, uma dupla, um solo. Acredito que o importante é procurar sempre o melhor. E, talvez, o melhor não esteja do lado de lá, mas bem aqui em Três Corações. Talvez, possamos criar uma corrente para indicar o que queremos e fazer com que nossa cidade possa se voltar para os interesses dos nossos consumidores.
Nada, nada, já podemos pensar nos empregos que serão criados, nos novos postos de trabalhos, na diversidade de produtos e serviços, na valorização de nossa cidade, do amor à terra... Assim, começamos a criar uma cidade turística, pois se há pessoas da própria cidade consumindo produtos e serviços locais, já falamos em Turismo voltado para a comunidade local, e, a partir disso, pessoas de outras cidades podem se deslocar para consumir nossos produtos e serviços; daí, vira Turismo como conhecemos. Já pensou: turismo em Três Corações? Será que sou só eu?
Luis Felipe Branquinho Vargas
Turismólogo, Diretor de Turismo em Três Corações,
membro da Viraminas Associação Cultural
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Três Corações – uma cidade turística, uma viagem de p(L)oucos??
Engraçado pensar uma cidade turística. Será que a minha cidade é turística? O que é uma cidade turística?
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